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Brasil Saúde e bem-estar

Talvez eu esteja desatenta demais para perceber...

Post de hoje em nossa coluna.

06/06/2024 19h32
Por: Glaciliana Angelo
Foto: Pinterest / Designer polonês Igor Morski
Foto: Pinterest / Designer polonês Igor Morski

Tem momentos em que a vida parece tão difícil que a sensação de esgotamento nos invade, parece que todos os nossos movimentos nos colocam a beira de um precipício. É nessas horas que a desesperança ganha um espaço maior do que gostaríamos de permitir.

Alguns temas parecem delicados demais para expor, para dialogar, para nos permitir questionar, no entanto, talvez meu amigo leitor, você também pode estar precisando passar por essa conversa e é por isso que estamos aqui.

A vida moderna nos tem exigido muito além do que nosso corpo tem aguentado, acho até que estão levando muito a sério a ideia de buscar o impossível ou será que na verdade só agora que estamos dando conta dessa realidade?

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O fato é que a sensação que tenho é que a força do nosso trabalho e a dedicação por longas horas do nosso dia parece não ser suficiente, a exigência é bem maior, a exigência é pela posse da nossa própria vida, mas quem mais deveria ter a posse dela se não somente nós mesmos?

Infelizmente essa exploração não é uma novidade da vida moderna, mas saber disso historicamente não retrata nem de longe a realidade cruel que é vivê-la de forma tão vívida na própria pele.

Somos empurrados a um “beco sem saída” para assim termos a sensação de não existir outra opção, como se não existissem possibilidades fora dessas explorações desumanas a que somos expostos.

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Em meio a isso tudo a cada dia a vida vai seguindo com menos sentido, como costumo falar, estamos presos ao modo sobrevivência, onde tudo entra no modo automático e são nesses momentos em que os dias parecem mais curtos, o Checklist está cada vez mais inalcançável, o fim de semana já não cumpre mais a função de descanso, pois se tornaram os únicos dias possíveis para a organização das coisas pessoais e para a preparação das marmitas da semana.

Se essa for sua realidade talvez o cansaço seja a tua maior percepção corporal atualmente e infelizmente talvez você esteja desatenta demais, presa demais a rotina e ao mundo do trabalho para perceber que ainda existe vida fora dessa realidade.

Ainda há tempo para viver uma mudança e ela não precisa ser revolucionária, ela pode acontecer nas pequenas coisas, nos pequenos movimentos, pensando melhor, acredito que isso já seja por si só um ato revolucionário.

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O imediatismo e o desejo para que as coisas mudem em um passe de mágica dificulta nossa percepção e a nossa sensibilidade para o que realmente faz sentido para nós.

Conseguir enxergar beleza no simples nessa vida em que se prega que tempo é dinheiro, nos impede de estar atentas as prioridades ou até de definir com clareza quais são nossas prioridades.

Dessa forma é preciso respeitar o próprio ritmo para a mudança e se permitir questionar os caminhos que nossa própria vida está seguindo, tomando posse e consciência para nossas próximas escolhas e decisões.

Glaciliana Angelo
Psicóloga Clínica - CRP 11/12950
@glacilianaangelo
 

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