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STF ouve ex-comandante da Marinha no segundo dia de depoimentos de réus da tentativa de golpe

O almirante Almir Garnier participa do interrogatório que investiga a investida contra o Estado Democrático ocorrida após as eleições de 2022

Por: Wesley Cavalcante Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
10/06/2025 às 08h45
STF ouve ex-comandante da Marinha no segundo dia de depoimentos de réus da tentativa de golpe
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

 O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta terça-feira (10), os interrogatórios dos réus da tentativa de golpe de Estado após eleição presidencial de 2022. O primeiro a ser ouvido nesta data é o almirante Almir Garnier, comandante da Marinha no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Conforme a investigação, o militar teria colocado a Marinha à disposição de Bolsonaro no caso da decretação de um estado de sítio ou de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no fim de 2022.

A previsão é que a sessão comece às 9h, na sala de sessões da Primeira Turma da Carte, em Brasília. O interrogatório será transmitido ao vivo.

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"Núcleo 1" da tentativa de golpe
As oitivas do chamado núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado começaram nessa segunda-feira (9). Por fechar acordo de colaboração premiada no caso, o tenente-coronel Mauro Cid foi o primeiro a ser ouvido, seguido pelo deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem. (Veja destaques abaixo) 

Além da dupla e de Garnier, o grupo é composto por Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. A previsão é que eles serão ouvidos em audiências previstas para acontecer ao longo desta semana. 

Conforme a Procuradoria-Geral da República (PGR), os réus são suspeitos de ter papel central na tentativa de golpe de Estado executada após as eleições de 2022. O esquema envolveu outros 26 acusados, divididos em outros três grupos distintos de acordo com o papel de cada na trama. 

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O grupo responde pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No caso de Ramagem, a investigação sobre fatos ocorridos após a posse dele como deputado federal, em janeiro de 2023, está suspensa até o fim do mandato.

Como foi o primeiro dia de interrogatórios?
Conduzido pelo relator do processo, ministro do STF Alexandre de Moraes, com a participação do também ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável pela acusação, Mauro Cid e Ramagem responderam às perguntas das autoridades, dos advogados e dos demais réus, que também puderam fazer perguntas.

Cid confirma existência de minuta

Primeiro a depor, Mauro Cid confirmou que esteve presente em uma reunião na qual foi apresentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro um documento que previa a decretação de medidas de estado de sítio e prisão dos ministros do STF.

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Cid também confirmou que recebeu dinheiro do general Braga Netto em uma sacola de vinho para que fosse repassado ao major do Exército Rafael de Oliveira, integrante dos kids-pretos, esquadrão de elite da força.

Ramagem nega ter monitorado ministros

O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem negou ter usado o órgão para monitorar ilegalmente a rotina de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o governo de Jair Bolsonaro.

Próximos passos

Até a próxima sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar presencialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do "núcleo crucial" de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

Confira a ordem dos depoimentos:

  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; — Encerrado 
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — Encerrado;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.

O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano.

Em caso de condenação, as penas passam de 30 anos de prisão

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