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Sargento PM acusado de negociar armas e drogas com Comando Vermelho no Ceará é investigado pela CGD

O sargento foi denunciado pelo MPCE junto a outras 24 pessoas, incluindo o namorado da ‘Majestade’

Por: Wesley Cavalcante Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
03/06/2025 às 08h44
Sargento PM acusado de negociar armas e drogas com Comando Vermelho no Ceará é investigado pela CGD
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) é acusado de negociar armas de drogas com lideranças da facção carioca Comando Vermelho (CV). A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou conselho de disciplina contra Francisco Agildo de Souza para apurar "a incapacidade deste para permanecer nos quadros da Corporação Militar a qual pertence".

De acordo com a CGD, Agildo "supostamente, venderia armas e munições para indivíduos diretamente ligados a uma facção criminosa na região de Chaval, no Ceará, e, conforme manifestação registrada no Portal Ceará Transparente, possuiria vários registros de Boletins de Ocorrência para 'justificar o extravio doloso de armas de fogo', figurando ainda como um dos indiciados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas pela suposta prática dos crimes de integrar organização criminosa armada e comércio ilegal de arma de fogo".

O sargento foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) junto a outras 24 pessoas, entre elas José Joaquim Benício Lopes, o 'Nem do Parazinho' e João Vitor dos Santos, o 'Adidas', namorado de Francisca Valeska Pereira Monteiro, mais conhecida como 'Majestade'. As defesas dos acusados não foram localizadas pela reportagem e este espaço segue em aberto para possíveis manifestações futuras.

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QUEBRA DE SIGILO DE DADOS LEVOU AUTORIDADES A IDENTIFICAR O PM
A Draco instaurou inquérito para investigar ações voltadas ao crime organizado, como tráfico de drogas em Granja, no ano de 2024. Os alvos da investigação foram identificados a partir da análise dos dados telefônicos de 'Nem do Parazinho', autorizada pela Justiça.

"Durante a investigação foi possível identificar e individualizar integrantes da mesma organização criminosa que atuavam no intuito de expandir o crime organizado na localidade de Granja-CE e adjacências, bem como o tráfico ilícito de drogas e o comércio ilegal de arma de fogo, tendo o grupo adquirido bens móveis e imóveis por meio das atividades ilícitas ali exercidas"
MPCE
Em julho do ano passado o MP apresentou a denúncia trazendo prints, vídeos e fotos de conversas entre Francisco Agildo e 'Nem'. Pelo Whatsapp, eles dialogavam sobre compra e venda de drogas e armas, "além disso, constatou-se pelo teor dos diálogos que o ora denunciado se vale da condição de policial militar para promover a organização criminosa Comando Vermelho", disse o MP se referindo ao sargento.

'Nem do Parazinho' tinha posição de liderança no Comando Vermelho gerenciando o tráfico de drogas em um distrito de Granja. Nos diálogos, ele falava com 'Adidas' sobre dívidas da 'caixinha' do CV e perguntava quais as bancas de jogo do bicho poderiam funcionar na cidade.

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EXTRAVIO DE ARMAS
Em outras conversas analisadas pelas autoridades, Agildo e 'Nem' falavam sobre 'agilizar drogas', enquanto o PM mandava fotos de armas. 'Nem' chegou a dizer que a arma mostrada pelo sargento 'estava top', enquanto Agildo disse que "vai ver e que a arma foi postada no grupo da Polícia".

Segundo o MPCE, o agente acusado ofereceu, por diversas vezes, armas para José Joaquim dizendo ao comparsa que "mandou arranjar mais armas".
O MP afirma ainda que no nome de Francisco Agildo existem, pelo menos, três boletins de ocorrência de perda ou extravio de arma de fogo, sendo duas da Delegacia Regional de Camocim e uma da Delegacia Regional de Sobral.

"Restou comprovado que o acusado facilitava a comercialização de armas de fogo para José Joaquim Benício, de modo que em algumas situações, registrava a arma em seu nome, porém registrava boletim de ocorrência dizendo ter extraviado a arma de fogo a fim de não ser responsabilizado. Além disso, é imperioso destacar que Francisco Agildo compra substância ilícita com José Joaquim por um preço menor e revende, ao passo que fala em certo momento das conversas que precisa 'ganhar também'. Dessa forma, não restam dúvidas que o acusado incorreu nos crimes de integrar/promover organização criminosa armada, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico", conforme a denúncia.

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