Provedora de internet anuncia fechamento após ataques de facção no Ceará

A provedora de internet GPX Telecom, localizada em Caucaia, anunciou o encerramento de suas atividades após sofrer ataques criminosos. Em nota oficial, a empresa lamentou a situação e afirmou que "em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento, levando-nos a tomar a difícil decisão de encerrar nossas operações".

Desde fevereiro, provedores de internet no Ceará têm sido alvo de uma facção criminosa, que exige pagamentos para permitir a continuidade dos serviços. Empresas que recusam pagar a chamada "taxa" sofrem retaliações, incluindo ataques contra suas infraestruturas.

O que se sabe sobre os ataques às provedoras de internet

Os ataques a provedores de internet no Ceará já afetaram Fortaleza e outros três municípios, impactando milhares de clientes.

Como foram os ataques?

Desde 22 de fevereiro, o estado já registrou pelo menos oito ataques, incluindo cortes de cabos, incêndios de veículos e disparos contra sedes das empresas. Somente na última semana, foram contabilizadas seis investidas criminosas.

Onde ocorreram os ataques?

As cidades afetadas pelos ataques são Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante. Na capital cearense, os bairros Pirambu e Jacarecanga foram os mais impactados.

Quantas pessoas foram afetadas?

Ainda não há um número exato de pessoas atingidas pelos ataques. No entanto, em Caridade, município com cerca de 22,5 mil habitantes, 90% dos clientes ficaram sem internet.

Quem são os responsáveis?

Os crimes são atribuídos à facção criminosa Comando Vermelho, de origem carioca, que busca controlar o setor de telecomunicações no estado.

Qual a motivação para os ataques?

Os criminosos exigem que os provedores repassem parte da mensalidade paga pelos clientes como forma de “pedágio”. Empresas que se recusam a pagar são alvos de ataques.

O que o Governo do Ceará tem feito?

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, anunciou a criação de um grupo especial para investigar e combater os ataques contra provedores de internet no estado. A medida busca fortalecer a segurança das empresas e garantir o acesso à conexão para a população.

A situação evidencia a fragilidade da segurança pública e os desafios enfrentados por empresas do setor para manter seus serviços em funcionamento. Enquanto isso, clientes e empresários aguardam providências mais efetivas para conter a ação criminosa.