Você já deve ter visto na internet vários memes de pessoas adultas falando sobre a difícil tarefa de ter que lidar com tantas atividades ao mesmo tempo. Das quais envolvem trabalhar, ter lazer, manter boas amizades, ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, cuidar da saúde, ter a casa e a vida organizada e por aí vai. Ufa! Cansei só de falar. A sensação que me dá é que a sociedade deseja que a gente assuma a funcionalidade de uma máquina, porém, sinto muito informar, fazer tudo isso bem feito está longe de representar nossa humanidade.
Toda vez que penso na quantidade de coisas que a sociedade nos exige me vem a imagem do equilibrista de pratinhos, no entanto tem momentos que para conseguirmos seguir em frente é preciso deixar que alguns pratinhos caiam. Não tem como dar conta de tudo, não somos máquinas e isso precisa estar claro para nós, do contrário permaneceremos em constante adoecimento, com esgotamentos não só físico, mas também mental e emocional.
Pensa comigo meu caro leitor, vamos pegar um dia de uma pessoa que trabalha 8 horas diária mais 2 h de almoço, dorme no máximo 6 horas por noite, das 8 horas que restam no seu dia ela deseja malhar, preparar boas alimentações, estudar para melhorar sua situação financeira, ter vida social e organizar algumas coisinhas na casa que vão ficando pendentes ao longo da semana, isso uma pessoa solteira, nem vou problematizar aqui quem tem filhos, pois a situação fica mais complicada ainda.
Sejam sinceros comigo e com vocês mesmos, é possível ser saudável com essa rotina se eu rigidamente tentar dar conta de tudo? Eu respondo para vocês com base na minha experiência de psicóloga clínica, não dá.
É preciso escolher os pratinhos que você pode equilibrar em cada momento, usar a criatividade para enxugar essa rotina, mesmo entendendo que todas as coisas que citei aqui tenham sido coisas importantes a qualquer ser humano.
O sistema em que vivemos não nos permite descansar e todos nós já nos adaptamos a essa realidade, compramos a ideia da produtividade plena, mas digo isso em caráter mental, pois o corpo continua dando sinais de esgotamento, no entanto por nunca termos parado para ouvi-lo ele vai guardando essas memórias para em algum momento transbordar em forma de ansiedade, depressão, burnout, doenças de pele, enxaquecas, entre outras. Somos seres integrais, não dá para negligenciar o corpo e os seus sinais.
Uma das alternativas para sobreviver diante dessa realidade tão difícil é flexibilizar a vida, além de ter consciência da sua realidade, entender que nem sempre você terá como equilibrar todos os pratinhos, terão áreas que em alguns momentos realmente ficarão menos assistidas, mas que isso poderá ser temporário.
A rigidez em querer que tudo seja perfeito dá um peso muito grande a cada tarefa desejada, é preciso entender que cada pessoa tem um ritmo de funcionamento, inclusive você. Se respeitar e respeitar os próprios limites é um passo importante para definir quais pratinhos agora precisam estar com mais atenção.
Glaciliana Angelo
Psicóloga Clínica - CRP 11/12950
@glacilianaangelo
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