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Brasil Cultura

O Brasil e a crise da leitura

Causas e consequências.

08/03/2025 18h41 Atualizada há 10 horas
Por: Pedro Mariano
Foto: Reprodução/Canto do Livro
Foto: Reprodução/Canto do Livro

O hábito da leitura, que já foi uma prioridade no Brasil, está entrando em decadência.

Uma pesquisa da 6ª edição do Retratos da Leitura no Brasil, a única pesquisa realizada em âmbito nacional que tem por objetivo avaliar o comportamento dos leitores brasileiros, revelou que mais da metade da população não lê livros.

O estudo, elaborado em novembro de 2024, apontou que, pela primeira vez na série histórica das pesquisas, o número de não-leitores superou o de leitores no país.

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Segundo os dados divulgados, 53% da população não leu sequer uma parte de um livro, seja em formato físico ou digital, nos três meses anteriores à pesquisa. Esse percentual inclui todas as categorias de leitura, como livros didáticos, religiosos e a própria Bíblia.

Esse cenário, além de alarmante, reflete um desinteresse crescente e preocupante da sociedade em relação à prática da leitura. O que antes era considerada uma fonte contínua de conhecimento, hoje é deixado de lado, muitas vezes em favor de entretenimentos mais imediatos e superficiais.

É inegável os benefícios que a leitura nos proporciona. Além de estimular a criatividade, ampliar o vocabulário e contribuir para a saúde mental, a leitura também fortalece a memória, a concentração, o raciocínio e a capacidade de compreensão, tornando-nos seres humanos dotados de desenvolvimento cognitivo e promovendo a formação constante do indivíduo.

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Diante desses fatos, surge a reflexão: o desinteresse pela leitura é consequência do vício em redes sociais, do alto custo dos livros ou da escassez de livrarias?

Não se pode ignorar que o desapreço pelo hábito do saber é resultado de uma combinação de fatores que tem como consequência a desestimulação e o enfraquecimento da prática.

Portanto, os aspectos mencionados não são apenas consequências isoladas, mas estão interligados a questões sociais, econômicas e culturais.

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O efeito disso é alarmante, sobretudo onde novas gerações crescem à mercê de excesso de estímulos visuais, que muitas vezes substituem o conhecimento, os costumes e o desenvolvimento intelectual, que são elementos fundamentais para o fortalecimento do indivíduo e da sociedade como um todo. No entanto, será possivel reverter esse cenário de desinteresse pelo hábito, ou estamos, de fato, caminhando cegos para o futuro onde o conhecimento se perde para sempre?

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