Constituído por um grupo de países emergentes que visam um mecanismo de cooperação e fortalecimento político, econômico e social, o Brics é um agrupamento formado por onze países, incluindo Brasil, Rússia, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Esses países atuam como fortes colaboradores na articulação político-diplomática em nível mundial.
Em ascensão, o grupo tem múltiplos objetivos, entre eles a união e a influência dos países emergentes no cenário global, a criação de alternativas financeiras ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, impulsionar o desenvolvimento sustentável e ao comércio entre seus membros, além da promoção da inclusão social e do combate à pobreza e ao desemprego.
Demonstrando sua influência global, o Brics convidou mais 13 países para se associarem à congregação e fortalecerem essa aliança. São eles: Argélia, Belaurus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Indonésia, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uzbequistão, Vietnã e Uganda. Em breve, esses países poderão ingressar formalmente no grupo de países e, ampliando ainda mais a sua presença no cenário internacional.
Trump e a insegurança
No último dia 30, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empossado em janeiro de 2025 como o novo chefe de estado, demonstrou grande preocupação e insegurança diante do crescimento e influência do Brics.
Trump realizou ameaças diretas ao grupo, sinalizando a imposição de tarifas abusivas de 100% caso os países busquem alternativas ao dólar. Além disso, durante seu discurso na Casa Branca, adotou um tom absolutista, e afirmou que "O Brics morreu", indicando aos países do Brics que eles não criarão uma nova moeda nem apoiarão qualquer outra para substituir o "poderoso dólar americano".
Diante das ameaças de Donald Trump contra o grupo, surge a pergunta: Será que o Brics irá derrubar a hegemonia dos Estados Unidos?
Responsáveis por 23% do PIB global, 18% do comércio internacional, 30% do território do planeta e mais de 42% da população mundial, evidentemente, esse crescimento tem causado uma série de preocupação nos Estados Unidos, a maior potência militar, que detém grande força econômica, social e política.
Diante das ameaças, o grupo de países não se intimidou. Em reposta, reiterou a realização da próxima Cúpula do Brics em 2025, anunciando o Rio de Janeiro como o local para a próxima reunião internacional.
Na reunião, será possivelmente anunciada a inclusão dos novos associados ao grupo, ampliando ainda mais sua influência e domínio, o que resultará, consequentemente, na redução da capacidade de controle dos Estados Unidos sobre os mercados emergentes.
As nações que compõem o grupo buscam criar mecanismos eficazes para reduzir a dependência do dólar americano nas transações internacionais, o que poderia ocasionar o enfraquecimento da moeda americana, gerar inflação e aumento de preços.
De forma incontestável, com o fortalecimento e a crescente relevância do Brics no cenário global, a posição dominante e autoritária dos Estados Unidos na economia e na política mundial está sendo desafiada.
Além disso, no ponto de vista estratégico, dois dos principais adversários geopolíticos dos Estados Unidos, China e Rússia no qual são representadas como potencias mundiais, são membros do grupo dos países do Brics e desafiam diretamente os interesses americanos em nível global.
Como um importante polo de produção e consumo no mercado internacional, o Brics representa uma força emergente de grande relevância. Inevitavelmente, o crescimento do grupo preocupa consideravelmente não apenas os Estados Unidos, mas também diversos países aliados de Donald Trump.
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