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Sobral Educação

Diretores de escolas são exonerados em Sobral dias antes do início das aulas

Especialistas alertam que a medida pode ter um impacto negativo significativo.

09/01/2025 09h14
Por: Redação Fonte: SOBRAL PORTAL DE NOTÍCIAS
Escola Teodoro Soares foi uma das últimas escolas novas a ser inaugurada / Foto: Divulgação / Redes Sociais
Escola Teodoro Soares foi uma das últimas escolas novas a ser inaugurada / Foto: Divulgação / Redes Sociais

A decisão do novo prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues (União Brasil), de exonerar dezenas de diretores escolares surpreendeu a comunidade nesta quarta-feira (8).

A medida, anunciada a poucos dias do início do ano letivo, acende um alerta sobre o futuro do sistema educacional da cidade, reconhecido nacionalmente pelo alto desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As exonerações foram oficializadas no Diário Oficial do Município nº 1.978, publicado em 7 de janeiro de 2025.

De acordo com fontes consultadas pelo Sobral Portal de Notícias, as demissões em massa podem ter motivação política, já que boa parte dos gestores exonerados teria apoiado a candidata Izolda Cela (PSB), adversária de Rodrigues na disputa pela prefeitura.

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A gestão educacional de Sobral se tornou referência no país pela adoção de critérios rigorosos de meritocracia na seleção de diretores e coordenadores escolares. O processo, regulamentado pela Lei Municipal nº 491, de 6 de janeiro de 2004, é reconhecido por promover transparência e eficiência na escolha dos gestores escolares.

Especialistas alertam que a medida pode ter um impacto negativo significativo, comprometendo parcerias estratégicas com organizações renomadas, como o Todos Pela Educação, Fundação Lemann, Instituto Ayrton Senna e Fundação Itaú. Essas instituições têm sido fundamentais para o sucesso da educação de Sobral ao longo dos anos.

Nos bastidores da política local, rumores apontam que vereadores aliados ao prefeito já estariam de olho nos cargos vagos para acomodar indicações políticas. Essa prática, além de enfraquecer o modelo meritocrático, pode colocar em risco repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com perdas anuais estimadas em até R$ 5 milhões.

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