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Em crise energética, Cuba proíbe empresas de usarem ar condicionado abaixo de 24ºC

Regulamentações dão aos maiores consumidores de energia, tanto do setor público quanto do privado, três anos para instalar fontes renováveis ​​capazes de produzir pelo menos 50% do que consomem.

29/11/2024 18h58
Por: Thales Menezes Fonte: REUTERS
Foto: ADALBERTO ROQUE/AFP
Foto: ADALBERTO ROQUE/AFP

Cuba pediu nesta semana que empresas estatais e privadas gerem mais eletricidade a partir de recursos renováveis ​​e limitem o uso de ar condicionado, entre outras medidas de conservação, enquanto o governo comunista enfrenta sua pior crise energética em décadas.

As novas regulamentações, resumidas em um decreto de 16 páginas publicado na terça-feira, dão aos maiores consumidores de energia, tanto do setor público quanto do privado, três anos para instalar fontes de energia renováveis.

Essas novas fontes devem ser ​​capazes de produzir pelo menos 50% da eletricidade que essas empresas consomem durante o dia.

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Se um prédio de escritórios ou uma fábrica não puder acomodar painéis solares, as empresas serão obrigadas a contratar o governo para obter uma parte de sua capacidade instalada de energia renovável.

O decreto também estabelece uma série de novas medidas de conservação, incluindo uma regra que proíbe empresas estatais e privadas na ilha caribenha de usar “unidades de controle climático em escritórios não tecnológicos, em temperaturas abaixo de 24°C”.

As medidas cada vez mais restritivas ocorrem num momento em que a rede elétrica de Cuba está à beira do colapso.

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Vários apagões por toda a ilha em outubro e novembro deixaram milhões de pessoas no escuro por dias.

Os apagões contínuos persistem em todo o país enquanto Cuba luta para obter combustível e as peças de reposição que precisa para gerar eletricidade suficiente para atender à demanda.

O governo culpa as sanções dos EUA e uma crise econômica crescente pela situação cada vez mais tensa.

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O decreto também estabelece protocolos para um plano de contingência em situações de emergência em que seja “necessário afetar o serviço elétrico de forma planejada e sustentada por mais de 72 horas”.

Nesses casos, as empresas seriam obrigadas a desligar geladeiras, fornos industriais e bombas de irrigação durante os horários de pico de demanda.

O decreto dedica várias páginas para descrever a aplicação das novas regras, incluindo o corte de energia elétrica para empresas que não cumprirem os novos padrões, bem como multas de até 15.000 pesos ou mais, dependendo da infração.

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