O Poder Judiciário atendeu, nesta quinta-feira (28), pedido do Ministério Público do Estado do Ceará e determinou a prorrogação pelo prazo de mais 90 dias do afastamento de delegado e de escrivão de Polícia Civil suspeitos de participar de esquema de desvio e destinação indevida de cargas de madeiras apreendidas em Tianguá e municípios vizinhos. A decisão é um desdobramento da Operação “Lignum”, realizada pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do MP do Ceará.
De acordo com o 5º Núcleo de Custódia e Inquérito, há indícios de que “os representados se utilizavam de seus cargos públicos para obter vantagens indevidas”.
Além disso, o Judiciário afirmou que “as medidas cautelares anteriormente decretadas mostraram-se adequadas para impedir interferências nas investigações, bem como preservar a regularidade da administração pública e a credibilidade das instituições
Operação Lignum
A operação foi deflagrada na manhã do dia 30 de outubro de 2024, com o cumprimento de 12 mandados de busca nas cidades cearenses de Ipu e Tianguá, bem como nos municípios piauienses de Teresina, Pedro II e Piripiri.
Segundo investigações, que ainda seguem em curso, há suspeita de que os agentes públicos recebiam, em forma de doação, cargas de madeiras apreendidas na Serra da Ibiapaba pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), e repassavam o material a empresários em troca de vantagem financeira.
A investigação é conduzida pelo Nuinc, com apoio da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria-Geral de Disciplina do Ceará (CGD), e a execução da operação contou com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) dos MPs do Ceará e do Piauí e da Delegacia de Assuntos Internos da CGD.
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