Sábado, 02 de Novembro de 2024 02:18
88981351822
Brasil Brasil

Médico é preso suspeito de matar esposa com remédio de uso restrito

Andre Lorscheitter Baptista teria colocado em um sorvete medicamento para a vítima dormir, antes de administrar outros fármacos. O caso, que é investigado como feminicídio, ocorreu em Canoas (RS).

30/10/2024 10h44 Atualizada há 18 horas
Por: Thales Menezes Fonte: TERRA
Foto: Divulgação / Redes Sociais
Foto: Divulgação / Redes Sociais

Um médico foi preso preventivamente nesta quarta-feira (29), por suspeita de matar a esposa com remédio de uso restrito hospitalar, em Canoas, no interior do Rio Grande do Sul. Andre Lorscheitter Baptista ainda teria colocado em um sorvete medicamento para a vítima dormir, antes de administrar outros fármacos. O caso é investigado como feminicídio.

A enfermeira Patricia Rosa dos Santos morreu no último dia 22. Naquele dia, por volta das 8h, Baptista ligou para a família dela e deu a notícia de sua morte. Os familiares foram até o apartamento do casal para saber mais informações sobre o caso, e quando chegou ao local, o suspeito apresentou o atestado de óbito, assinado por outro médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dizendo que a vítima morreu em decorrência de um infarto agudo no miocárdio.

Desconfiados da versão, os familiares acionaram a Polícia Civil, exigindo uma autópsia. “Nós notamos que, após os familiares nos comunicarem, o local havia sido parcialmente desfeito. Havia alguns indícios que não estavam fechando com a situação de fato que foi informada primeiramente, do infarto. O corpo havia sido movido de local, havia também um pote de sorvete com ela, e junto a ela o marido, que estava no entorno, muito nervoso no sentido de proteger o seu veículo”, informou o delegado Arthur Hermes Reguse.

Continua após a publicidade

A perícia foi acionada e no teste feito no pote de sorvete foi encontrado Zolpidem, uma medicação controlada para dormir, conforme informou a autoridade. A investigação aponta que ele deu o remédio no doce para que a Patrícia dormisse, e então, ele pudesse fazer a administração de outras substâncias. 

“Posteriormente a isso, ficou concluso que o marido administrou medicações de uso restrito hospitalar do Samu, o que causou o óbito dela, por conta da deficiência de respiração. Era uma medicação que era obrigatória ser feita uma ventilação imediata para entubamento da pessoa, em caso de provável morte", aponta o delegado. 

No apartamento do casal também foi encontrada uma gaze com sangue, que após o teste, foi confirmado que era da vítima. A polícia também localizou cartelas de outros medicamentos, como Midazolam, usado para matar Bernardo Boldrini, de 11 anos, em abril de 2014, em Três Passos (RS).  

Continua após a publicidade

"Ela tinha marcas nos pés e nos braços de pontas de agulha, onde foi administrado essa medicação para fim de obter esse resultado morte", reforça o delegado. 

Após a morte de Patrícia, Baptista foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da cidade, mas preferiu ficar em silêncio. Após a sua prisão, ele foi encaminhado novamente para a unidade, onde foi ouvido. 

"É um caos que foi desde o início que se tomou muito cuidado com a cadeia de custódia das provas. A perícia técnica atuou de forma muito contundente, muito rápida, então, nós temos a certeza de que foi administrado todo esse medicamento no corpo dela, o que levou a morte dela por intenção do marido", finaliza Reguse.

Continua após a publicidade
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias