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Homem preso por causar incêndio em fazendas de Goiás diz que recebeu R$ 300 para efetuar crime

Salgadeiro Lucas Vieira declarou que recebeu cerca de R$ 300 para atear fogo em fazendas, a pedido de uma pessoa de Bom Jardim de Goiás.

27/08/2024 07h35 Atualizada há 3 semanas
Por: Thales Menezes Fonte: METRÓPOLES
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O homem preso por atear fogo em fazendas de Goiás no último sábado (24) declarou, em depoimento na delegacia, que a motivação para o incêndio criminoso foi política. Ele disse ter recebido cerca de R$ 300 para provocar chamas na fazenda de um desafeto político.

“Que a motivação foi política, mas o interrogado não sabe detalhes sobre os fatos. Que o mandante do crime não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”, declarou em depoimento o salgadeiro Lucas Vieira de Lima, de 29 anos (foto em destaque), após ser preso em Bom Jardim (GO), município próximo à divisa com Mato Grosso.

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A Polícia Militar estima que cerca de 700 hectares foram queimados. “O prejuízo causado é incalculável”, afirmou a PM. Lucas declara ter problemas psiquiátricos.

Assim como outras regiões do país, Goiás vive uma onda de incêndios florestais. Na tarde de sábado, uma equipe do Batalhão Rural da PM reforçou a patrulha na região de Caiapônia (GO), por causa de várias denúncias de incêndios.

Mistura com política

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Lucas foi preso em flagrante por uma equipe dessa patrulha, quando tentava atear fogo em um pasto na beira da rodovia BR-158 entre as cidades de Piranhas (GO) e Bom Jardim (GO). Ele confessou o crime e entregou a identidade de um mandante, um pedreiro de 33 anos chamado Rogério Silva, que também mora na região.

A reportagem entrou em contato com esse suposto autor do crime, mas ele nega veementemente que tenha ordenado o incêndio.

“Eu nem atuo no meio político. Eu faço trabalho braçal, eu sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre”, declarou Rogério.

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O pedreiro disse conhecer Lucas de vista, pois o salgadeiro trabalha em uma lanchonete frequentada por caminhoneiros na região.

Sem confirmação e esquizofrenia

Delegado responsável pelo caso, Fábio Marques disse que a suposta motivação política e o suposto mandante do crime foram noticiados para a polícia de maneira informal. “Não há confirmação disso nos autos, pelo menos por enquanto. O que se tem até agora é o dolo de provocar dano”, disse ao Metrópoles.

O delegado disse ainda que solicitou uma vistoria para verificar o dano causado pelo incêndio e que ainda não está claro se a fazenda destruída é de propriedade de um político. O caso é investigado pela delegacia de Aragarças (GO). A polícia apreendeu o celular e R$ 307 em espécie que estavam com o salgadeiro no momento da prisão.

Lucas Vieira foi solto após audiência de custódia no domingo (25/8). A juíza Leila Cristina permitiu a liberdade provisória, sob a condição de que o salgadeiro não participe de atividades políticas, especialmente durante o período eleitoral.

Também foi estipulada a obrigatoriedade de Lucas se apresentar quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento psiquiátrico. O salgadeiro alegou que foi diagnosticado com esquizofrenia.

Lucas vive com o filho de 4 anos em Piranhas (GO). O advogado do salgadeiro, João Rodrigues, disse que as informação que seu cliente sabe já foram prestadas para a polícia. “Ele aparentemente sofre de esquizofrenia. A gente abordou essa questão com a juíza, que determinou que ele precisa passar no Caps para fazer um relatório sobre isso”.

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