Quinta, 19 de Setembro de 2024 01:15
88981351822
Internacional Crítica

‘’Alien: Romulus’’ traz novo fôlego para a franquia, respeitando seu legado.

Título é o sétimo filme da franquia.

23/08/2024 13h33
Por: Gabriel Araújo
Imagem promocional de ''Alien: Romulus''. Foto: Reprodução/20th Century Studios
Imagem promocional de ''Alien: Romulus''. Foto: Reprodução/20th Century Studios

A franquia Alien já se reinventou das mais diversas formas no cinema, seja indo para um caminho mais de terror, ou de ação, e nesse caminho, entregando filmes excelentes, como também decepcionantes. Mas o fato é que todos concordam que o primeiro, O Oitavo Passageiro, de 1979, é um clássico absoluto do cinema e seminal quando se trata de terror espacial, influenciando todos os filmes que vieram em seguida.

Desde 2017 a franquia não recebia um novo filme, e ironicamente, os dois últimos vieram do diretor do longa original, Ridley Scott, mas não caíram nas graças do público. Foi então que resolveu-se pôr um novo longa nas mãos de um estreante nesse universo, o uruguaio Fede Alvarez, que já é bem familiarizado com o gênero terror, já que dirigiu filmes como O Homem nas Sombras (2016), além de já ter se aventurado em outras franquias consagradas de terror, como Evil Dead.

Imagem promocional de ''Alien: Romulus''. Foto: Reprodução/20th Century Studios

A ideia de Alien: Romulus é bem simples. Resgatar a essência do clássico com uma história direta ao ponto, e nisso o filme consegue acertar em cheio. Tudo nele é pensado para reinserir o espectador na ambientação desolante e sombria do espaço, e um grande exemplo é a cena inicial, que parece como se estivéssemos assistindo a uma filmagem não utilizada de O Oitavo Passageiro. A trilha sonora orquestrada operando de uma forma minimalista e a estética espacial rústica cumprem o papel de imersão de uma forma espetacular.

Continua após a publicidade

Esqueça Ellen Ripley (Sigourney Weaver) ou uma missão super complexa para descobrir vida em um planeta. O objetivo do grupo de personagens da vez tem mais a ver com pirataria espacial. A jovem Rain (Cailee Spaeny) é convencida pelo bando de Tyler (Archie Renaux) a roubar cápsulas de criogenia de uma estação espacial abandonada para revender no mercado paralelo. Para isso, vão precisar dela, mas principalmente de seu irmão, Andy (David Jonsson), que é um andróide. 

Cena de ''Alien: Romulus''. Foto: Reprodução/20th Century Studios

Mas, se estamos falando da franquia Alien, é claro que as coisas não vão ser tão fáceis, isso inclui dificuldades de acesso à estação, o mau funcionamento de Andy, e sem falar de um membro do grupo que odeia androides. O roteiro planta mini tensões que juntas, deixam toda a experiência de assistir Romulus mais intensa, tudo isso para que quando chegue no primeiro contato da equipe com os facehuggers, as criaturas que grudam no rosto, já estejamos totalmente envolvidos com a história. 

As cenas do xenomorfo são um show à parte. A criatura volta a ser interpretada por atores de grande estatura (incluindo até ex-jogador de basquete), algo que remete mais ainda à ideia de resgatar as origens da franquia. E se o assunto é esse, também se deve falar de Rain. 

Continua após a publicidade
Cailee Spaeny e David Jonsson em cena de ''Alien: Romulus''. Foto: Reprodução/20th Century Studios

A personagem de Cailee Spaeny (Guerra Civil) é a final girl (arquétipo do terror de uma personagem mulher que luta pela sobrevivência até o fim da trama) da vez, e o melhor que ela faz é se distanciar ao máximo de Ellen Ripley. Rain, até determinado ponto da história, tem uma participação bastante passiva aos fatos, mas quando a situação aperta, é que vemos ao que ela veio. 

Onde ela mais brilha é nos trinta minutos finais, em que o longa assume com um pouco mais de evidência, às referências ao filme original, tendo até mesmo, algumas homenagens à brilhante sequência Aliens: O Resgate (1986). E o que dizer DAQUELA criatura na sequência final? De espantar até o fã de longa data.

Alien: Romulus brilha jogando no seguro, e o que a franquia mais precisa a essa altura é uma base boa, para que assim, venham novos filmes, e nisso, Fede Alvarez cumpre um ótimo trabalho. Torço para que ele também esteja à frente da sequência.

Continua após a publicidade
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias