Criança de 2 anos é localizada com vida após mais de 40 horas de buscas

O menino Arthur de Lima, de 2 anos, foi encontrado com vida neste domingo (18) após ficar mais de 40 horas desaparecido em uma área de mata fechada em Cambira, no Norte do Paraná. As buscas pelo menino mobilizaram uma força-tarefa composta por homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Defesa Civil, Exército e voluntários. Drones com câmeras termais e cães farejadores, além de um helicóptero da PM, foram utilizados na operação.

"Criança encontrada consciente e orientada", informou o tenente Abner Veronez, do Corpo de Bombeiros, no início da tarde deste domingo.

A criança sumiu por volta das 18h de sexta-feira (16). As buscas começaram às 20 horas de sexta-feira e foram mantidas mesmo à noite na sexta-feira e no sábado.

A criança sumiu em uma área de mata de difícil acesso. Os familiares contaram à PM que o menino de 2 anos brincava em frente à residência do sítio, quando foi percebida a sua ausência.

No sábado (17), o Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) veio de Curitiba para auxiliar nas buscas. A equipe do Corpo de Bombeiros é especializada em busca e salvamento. Doze policiais civis de Apucarana, que estavam de folga, também reforçaram as buscas, assim como 37 militares do batalhão do Exército de Apucarana.

Além do Gost, a operação, que continuou neste domingo (18), contou com agentes do 11º Grupamento de Bombeiros de Apucarana, 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Apucarana, destacamentos da PM de Cambira e Novo Itacolomi, 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, homens da Defesa Civil de Arapongas, equipes do Comando Regional da Polícia Militar (CRPM) de Londrina, soldados do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec) e voluntários.

O major Ícaro Gabriel, do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), de Curitiba, explicou como foi o resgate do menino foi encontrado a quase 1 km de distância em linha reta da casa dos pais.

Segundo ele, foi um trabalho técnico e cansativo. “Uma criança que andou o que ele andou e que ficou duas noites no mato não é pouca coisa. É um menino esperto. Nós desconfiamos que ele teve acesso à água. Duas noites sem cobertor e descalço”, disse o oficial, em entrevista à imprensa no local.

O major afirmou que o menino era acostumado a andar, porque morava no sítio. “Muita gente põe em xeque uma criança tão nova, mas pelo histórico dele tínhamos a certeza de que tinha condições de se locomover no mato”, pontuou.