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Regional Ceará

Monitor de Secas aponta melhor resultado: 99,3% do Ceará está sem estiagem

Há apenas um município com seca fraca.

25/07/2024 08h32 Atualizada há 6 meses
Por: Thales Menezes Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O Ceará apresentou 99,3% do seu território sem seca, no último mês de junho, conforme apontou o Monitor das Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), divulgado nesta quarta-feira (24). Esse é o melhor cenário em comparação ao mesmo período do ano passado. 

O levantamento aponta que os os 0,7% com seca fraca está restrito município de Salitre, no extremo sul do estado. 

A melhora do cenário se deu pela quadra chuvosa (fevereiro a maio) deste ano, quando o Estado obteve 25% de precipitações acima da média climatológica. 

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Em março, o estado possuía 57,45% do seu território sem seca, enquanto os outros 42,55% tinham seca variando de fraca à excepcional. O cenário, no qual mais da metade do Estado estava sem seca, era o mais ameno desde agosto de 2023, período em que 64,26% do território não registrava o fenômeno.

Monitor das Secas no Brasil

O resto do Nordeste teve baixas chuvas, o que ocasionou uma piora nos indicadores. Por essa razão, houve surgimento da seca fraca na Bahia e Maranhão, além de avanço da seca fraca no centro da Bahia. 

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Já no Sudeste, por conta das chuvas abaixo da média, houve avanço de seca moderada no sul de Minas Gerais, oeste, centro e norte de São Paulo, bem como o avanço da seca fraca no leste de Minas Gerais, centro-norte do Rio de Janeiro, leste de São Paulo e centro-sul do Espírito Santo.

No Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão sem seca relativa. Contudo, a seca moderada avançou no noroeste e nordeste do Paraná. 

O Centro-Oeste teve avanço da seca moderada no nordeste de Goiás e da seca grave no sul do Mato Grosso, estendendo-se até o noroeste do Mato Grosso do Sul, devido à ocorrência de chuvas abaixo da média. 

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A situação mais preocupante ocorre na região Norte do país. Houve o avanço da seca grave no centro-sul do Amazonas. Também ocorreu agravamento da seca no Acre, que passou de seca fraca para moderada no centro do estado, e de moderada para grave no leste e nordeste. 

Embora ocorra altos índices no resto da região, houve redução do nível de seca no norte do Pará, que passou de moderada para fraca, e em Roraima, que passou de grave para moderada no nordeste do estado e de moderada para fraca no noroeste, centro e oeste.

O que é o monitor das secas?

As informações divulgadas pela ANA são produzidas mensalmente por um grupo de instituições de diversos Estados e do Governo Federal, de forma colaborativa. No caso do Ceará, uma das instituições participantes é a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

O Monitor das Secas classifica o fenômeno pela intensidade, e a seca pode variar de S1 (seca menos intensa) até S4 (a mais intensa). Já o S0, diz o Monitor, “são áreas com condições de umidade anormalmente baixa e estão secando e podem, possivelmente, virar áreas de secas”.

A classificação é a seguinte: 

• S0 - Seca Fraca: veranico de curto prazo diminuindo plantio, crescimento de culturas ou pastagem. Saindo de seca: alguns déficits hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas;
• S1 - Seca Moderada: Alguns danos às culturas, pastagens, córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, algumas faltas de água em desenvolvimento ou iminentes; restrições voluntárias de uso de água solicitadas;
• S2 - Seca Grave: Perdas de cultura ou pastagens prováveis; escassez de água comuns; restrições de água impostas;
• S3 - Seca Extrema: Grandes perdas de culturas, pastagem; escassez de água generalizada ou restrições;
• S4 - Seca Excepcional: Perdas de cultura, pastagem excepcionais e generalizadas; escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.

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